terça-feira, 15 de julho de 2014

Um Filho

Hoje eu pensei em ter um filho.
Um filho com qualquer um.

Um apenas.

Um menino.

Tenho desejo de um homem.

Um homem que não existe ainda.

Um diferente.

Diferente de um monte.

De um monte de lixo que destrói esse planeta.

Que destrói sonhos...
Pessoas... Almas...
Sentimentos... Felicidade...
Purezas... Ingenuidades...
Beleza... Dignidade ...
Lares... Verdade...

e destrói o Amor... Vidas...
Destrói Tudo.

Levarei meu filho para longe desse imundo perverso lugar.
Eu não precisarei mais desse exército de bandidos.

Farei a experiência do primeiro homem puro, limpo.
Um guerreiro do amor.

Viveremos eu e ele.
Eu terei um menino, uma família, um amigo, um verdadeiro homem de bem.
Não vou precisar de um marido. Já tive muitos. Todos carinhosamente podres.
Ele estará do meu lado de verdade.
Não de mentira como esses pseudohomens que se julgam diferente e que mesmo assim vem carregados de fétidas ações de egoísmo e crueldades camufladas numa máscara ludibriadora.
Não será mais uma chacota considerada Conto de Fadas ou Mundo da Fantasia...

Com ele serei verdadeiramente EU. Sem excessos de defesas.

Conseguirei olhar dentro dos olhos dele e ver a cumplicidade, a lealdade, a conexão que faltava.

Aí sim ele será um Pai.
Um Pai que eu não tive.
Um Pai que não existe.

E aquela moça de verdade do começo
Não precisará mais ter Um Filho com qualquer um.

Porque o Primeiro Homem de verdade já existirá.




















quarta-feira, 28 de maio de 2014

Vazio

Sabe....

Aquela lacuna.
Aquele espaço desocupado,
pode chamar de buraco, se quiser...
Ou simplesmente, vazio...

Sempre me incomodou, pois fazia sentir-me sozinha, caindo no meu próprio abismo.
Era a sensação de vagar no nada, ter um pedaço arrancado de mim, como se fosse uma história sem começo e sem fim.
Sem sentido...
Era tentar pegar o ar com as mãos...
Posso resumir que era como tentar preencher todo o infinito
Sem sucesso, claro....

Eu era a minha pior companhia,
pois esse vazio que existia dentro de mim me deixava apática, morta... e triste.
Meu mundo era todo branco ou todo preto, não existia cores.
Minha existência era superficial,
minhas expressões.... artificiais
minhas atitudes... banais.

A falta de algo me trazia muitos conflitos,
eu queria preencher algo que não sabia o que era.

E... 
O que era? 
O que é? 
O que será... de mim?

Eu não sabia lutar daquele jeito,
Ou melhor... não conseguia.
E não aceitava.

Me sentia fraca...
inferior...
irreal...
fracassada...
desesperançosa...
Inutilmente viva.

Onde eu estava? 
O que eu fazia? 
Como eu não enxergava? 
Porque apesar de tudo isso, eu ainda sentia?

Sentia a dor... a angústia... o desespero... o sofrimento.
Quantas vezes eu pensei que a morte seria
a minha melhor amiga, a única que me ajudaria.

(Uma pausa para respirar fundo...)

Agora, enquanto escrevo, tenho que te revelar algo. Melhor não...
Talvez num outro capítulo eu conto melhor como eu enchi o copo de café com leite,
como fiz para preencher esse vão de mergulhar no meu coração
e gostar de nadar nessa piscina de paz e orgulho do que sou
de brincar dentro de mim
de me abraçar com carinho e dizer... sem prepotência:

Te amo

(Respiro fundo novamente... aliviada, serena...)

terça-feira, 15 de junho de 2010

Não adianta mais eu olhar pra você,
seus olhos se encantam por outra pessoa.
Assim como seu desejo,
Suas vontades, interesses...
Sua atenção,
Sua vida.
Tudo.

Não existem mais motivos.
Desconexo.
Incoerente.
Desperdício de energia e tempo.

Saia daqui.

Saia!
Saia!
Saia!


Vá em busca do que quer e não me perturbe mais.

Não quero uma vida sem sentido pra mim.
Minhas qualidades não tiveram serventia.
Não supriram seu ego.
Então vá.


E vá logo.


Mostre seu sofrimento para quem merece ver.


Suma.


Apareça para quem você valoriza apenas.


Siga seu caminho. Rápido!


Agora tenho muito o que fazer.


Não me atrapalhe mais.


Pois tenho uma vida inteira ainda pra viver.
Tenho uma família pra constituir.
Lugares para explorar.
O mundo para mudar.
Indivíduos para ajudar.
Coisas para inventar.
Ideias para passar.
Sonhos para realizar.


E uma pessoa para amar...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Ao Drama... meu Amém!

O passo...
Arrastado... sofrido...

O pulo,
Saltitante... feliz!

O Olhar,
Direto... Penetrante.

A voz,
Rouca... sussurrante...

O paladar,
Úmido... quente...

O giro,
Fixo... realizador.

A vontade,
Pura... correspondente

A atração,
Imediata... Determinante.

O sentimento...
Dramático... verdadeiro.

A mente,
Conturbada... certeira.

As ideias,
infinitas...

Ao drama... meu Amém!

Saraburu

quarta-feira, 26 de maio de 2010

E pronto. E Ponto.

Sentindo-se sozinha de novo.
Passa o tempo e eu vejo que ninguém mais poderá me ajudar.
Vai ser assim pra sempre.

Mais um dia sentido esse gosto amargo.
De ter que conviver com isso por toda eternidade.
A eternidade da minha vida.

Eu não quero mais isso pra mim.
Mas eu já aprendi que não adianta querer, é assim.

E pronto. E Ponto.

Agora é saborear a tortura, até melhorar.
E depois voltar.
E então, sentir tudo outra vez.
Sendo assim, até o final dos meus dias.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Espera

Olhar para os lados e não ter nada que chame a atenção,
nenhuma distração,
nenhuma emoção,
nenhum prazer,
nada apenas.

Se eu posso fazer tudo, porque não faço nada?

Devo estar me forçando mais uma vez a ficar depressiva...
Porque não gosto de ser contrariada.

Já descobri isso e continuo a não me mover.
Estou curtindo meu sentimento de impotência, pois as coisas não acontecem do jeito que quero.
Mimada...
Tola...

Em outros tempos eu iria esbravejar,
buscar satisfazer meu ego,
arrumar confusão,
só para fugir dessa inércia.

Em outros tempos...

Neste momento eu tenho um foco,
fico o cultivando,
saboreando todas as possibilidades,
brinco com a liberdade dos meus pensamentos
e finjo que tudo é lindo...

Pensa...

Se for contrariada mais uma vez,
vai ficar muito mal,
mais uma frustração pra superar.
Se bem que no meio de tantas... o que é mais uma?

Agora tenho que esperar até amanhã,
ou depois... ou depois.... ou depois...
até eu ficar fixada no alvo ou desinteressar de vez em acertá-lo.

Empacada que nem uma mula,
uma besta mesmo...
Burra!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Tenho que ir, amor...

Ei, meu amor...

Me desculpe por te abandonar,
mas tenho que ir.

Eu não tenho mais o que fazer aqui,
não vou poder te ver feliz,
nem sofrer.

Não posso mais te apoiar, nos seus ataques de egoísmo...
não, não, amor... não posso mais...

Ah... tudo que eu queria ter visto, não vi.
Agora não vai mais dar pra ver.

Sinto pena, você vai ter que se virar.

Antes eu deixava doer em mim,
Hoje não dá mais.

Deixava não me dar bola,
Eu vou lá...

Ficava de espectadora da sua vida,
Vou embora, me larga...

Pare de me segurar,
esse abismo não tem mesmo fim.
Tô indo me salvar...

Antes que você me mate, amor.

Demowhite